sábado, 30 de abril de 2011

Vigília para beatificação do papa João Paulo II reune mais de 200 mil pessoas em Roma

CIDADE DO VATICANO - Mais de 200 mil pessoas de todo o mundo fazem vigília em Roma à espera da beatificação do Papa João Paulo II, que acontecerá neste domingo. A expectativa é de que o evento seja o maior já realizado pelo Vaticano desde a morte de Karol Wojtyla, há seis anos.
- É quase como se ele estivesse aqui - disse Enzo Arzellino, que viajou durante toda a noite de ônibus do sul da Itália com seu grupo paroquial para ver a beatificação.
Grupos de peregrinos, muitos vindos da Polônia, terra natal do Papa, lotaram a Praça de São Pedro levando bandeiras nacionais e cantando. A praça, onde acontecerá a beatificação, foi enfeitada com retratos de João Paulo II e 27 bandeiras com fotos que mostram um evento em cada ano do seu pontificado

Segurando velas em vigília até a hora da beatificação, os presentes puderam ouvir o testemunho da freira francesa que recebeu um milagre. A irmã Marie Simon Pierre sofria de mal de Parkinson, a mesma doença que afligia o pontífice polonês por 12 anos de sua vida, e afirma que foi curada pela fé.
"Fui curada na noite do dia 2 para 3 de junho de 2005", disse a religiosa que explicou que irmãs de sua congregação rezaram pelo Papa já morto, para a recuperação de sua doença.
O Vaticano atribui a cura inexplicável da irmã a intercessão milagrosa de João Paulo II, um fato determinante para que se tornasse santo.
Roma tem vivido uma grande agitação pela beatificação. A cidade está repleta de cartazes do Papa em ônibus, táxis e postes de luz. A cidade espera uma das maiores multidões desde o funeral de João Paulo II, quando milhões de pessoas foram à cidade.
O cardeal Stanislaw Dziwisz, que esteve ao lado do Papa por décadas como seu secretário particular, disse que estava emocionado com o número de jovens que já se encontravam na praça 24 horas antes da missa de beatificação.


O caixão do Papa João Paulo II foi retirado na sexta-feira da cripta abaixo da Basílica de São Pedro e será colocado em frente ao altar principal. Depois da missa de beatificação, o caixão continuará na Basílica, que ficará aberta até ser visto por todos os interessados.
Centenas de milhares de pessoas devem assistir à missa, quando o sucessor de João Paulo II, Bento XVI, vai pronunciar em latim a declaração de que um dos mais populares papas da história é um "abençoado" da Igreja.

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