sábado, 30 de abril de 2011

Vigília para beatificação do papa João Paulo II reune mais de 200 mil pessoas em Roma

CIDADE DO VATICANO - Mais de 200 mil pessoas de todo o mundo fazem vigília em Roma à espera da beatificação do Papa João Paulo II, que acontecerá neste domingo. A expectativa é de que o evento seja o maior já realizado pelo Vaticano desde a morte de Karol Wojtyla, há seis anos.
- É quase como se ele estivesse aqui - disse Enzo Arzellino, que viajou durante toda a noite de ônibus do sul da Itália com seu grupo paroquial para ver a beatificação.
Grupos de peregrinos, muitos vindos da Polônia, terra natal do Papa, lotaram a Praça de São Pedro levando bandeiras nacionais e cantando. A praça, onde acontecerá a beatificação, foi enfeitada com retratos de João Paulo II e 27 bandeiras com fotos que mostram um evento em cada ano do seu pontificado

Segurando velas em vigília até a hora da beatificação, os presentes puderam ouvir o testemunho da freira francesa que recebeu um milagre. A irmã Marie Simon Pierre sofria de mal de Parkinson, a mesma doença que afligia o pontífice polonês por 12 anos de sua vida, e afirma que foi curada pela fé.
"Fui curada na noite do dia 2 para 3 de junho de 2005", disse a religiosa que explicou que irmãs de sua congregação rezaram pelo Papa já morto, para a recuperação de sua doença.
O Vaticano atribui a cura inexplicável da irmã a intercessão milagrosa de João Paulo II, um fato determinante para que se tornasse santo.
Roma tem vivido uma grande agitação pela beatificação. A cidade está repleta de cartazes do Papa em ônibus, táxis e postes de luz. A cidade espera uma das maiores multidões desde o funeral de João Paulo II, quando milhões de pessoas foram à cidade.
O cardeal Stanislaw Dziwisz, que esteve ao lado do Papa por décadas como seu secretário particular, disse que estava emocionado com o número de jovens que já se encontravam na praça 24 horas antes da missa de beatificação.


O caixão do Papa João Paulo II foi retirado na sexta-feira da cripta abaixo da Basílica de São Pedro e será colocado em frente ao altar principal. Depois da missa de beatificação, o caixão continuará na Basílica, que ficará aberta até ser visto por todos os interessados.
Centenas de milhares de pessoas devem assistir à missa, quando o sucessor de João Paulo II, Bento XVI, vai pronunciar em latim a declaração de que um dos mais populares papas da história é um "abençoado" da Igreja.

MISSA DE CURA E LIBERTAÇÃO

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Caixão de João Paulo II colocado junto ao túmulo de São Pedro


O túmulo de João Paulo II foi aberto esta manhã e o caixão foi retirado para ser colocado junto ao túmulo de São Pedro, onde vai ficar até domingo. A enviada especial da Antena1 a Roma, jornalista Rosário Lira, explica que o caixão só vai sair do local onde ficou na Basílica de São Pedro na segunda-feira 2/5.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Jovens se reúnem, a partir de hoje, em três dias de oração por JPII

Na expectativa da beatificação de João Paulo II, neste domingo, 1° de maio, na Praça São Pedro, o Centro São Lourenço, em Roma, convida os jovens a participarem de três dias de oração pelo Papa Wojtyla.

Fundado por João Paulo II, o centro hospeda a cruz original das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), além de ser um lugar de interesse para os cidadãos da capital italiana e peregrinos.

Os três dias de oração terão início nesta quinta-feira, 28, e se concluirão no sábado. Nesses dias será possível se confessar e adorar o Santíssimo Sacramento. O centro fará a projeção, em seis línguas, do documentário intitulado "A força da Cruz", proposto nos três dias de oração.

Além disso, serão celebradas três missas, na quinta, sexta e sábado pela manhã. Está prevista a participação de peregrinos provenientes de várias partes do mundo, com uma forte presença de jovens da Polônia.

Cerca de trinta jovens voluntários de vários países acolherão os peregrinos e vários sacerdotes estarão disponíveis para confissões.
Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 24 de abril de 2011

DOMINGO DE PÁSCOA

 “A Páscoa do Senhor, nossa Páscoa

          A Páscoa do Senhor: “Jesus vence a morte”. E a sua passagem da Morte à Vida. A Páscoa de Cristo é também a nossa Páscoa: "na morte de Cristo nossa morte foi vencida e em sua ressurreição ressuscitamos todos". O cristão renasce e goza na "nova vida que nasce dos sacramentos pascais": pelo Batismo o cristão é inserido na Páscoa de Cristo, pela Crisma recebe o Espírito da Vida, e na Eucaristia participa do Corpo e Sangue de Cristo, como memorial de sua morte e ressurreição.
          Este é na verdade "o dia que o Senhor fez para nós". O fundamento de nossa fé. A dor da morte se transforma em alegria pois uma nova página é escrita na história  da humanidade: a redenção e a libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.


          Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, bofeteado, cuspido, com tanta inumana crueldade.
          A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?; creio e vivo em minha vocação e missão cristã?; creio na ressurreição futura?; são perguntas que devem ser feitas.
A mensagem da Páscoa é a purificação do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos.

Com a iluminação do Espírito, o cristão ganha uma vida nova que transborda de alegria e paz, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressa emocionado: "Os seus corações sejam reconfortados e que, estreitamente unidos pela caridade, sejam enriquecidos de uma plenitude de inteligência, para conhecerem o mistério de Deus, isto é, Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. Sepultados com ele no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos". Cl 2, 2-3. 12

sexta-feira, 22 de abril de 2011

SABADO SANTO


"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).

Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".

Vigília Pascal
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiqüíssima tradição, (Ex. 12, 42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc. 12, 35 ss), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.

A Vigília Pascal se desenvolve na seguinte ordem:
  • Breve Lucernário
  • Abençõa-se o fogo. Prepara-se o círio no qual o sacerdote com uma punção traça uma cruz. Depois marca na parte superior a letra Alfa e na inferior Ômega, entre os braços da cruz marca as cifras do anos em curso. A continuação se anuncia o Pregão Pascal.
  • Liturgia da Palavra
    Nela a Igreja confiada na Palavra e na promessa do Senhor, media as maravilhas que desde os inícios Deus realizou com seu povo.
  • Liturgia Batismal
    São chamados os catecúmenos, que são apresentados ao povo por seus padrinhos: se são crianças serão levados por seus pais e padrinhos. Faz-se a renovação dos compromissos batismais.
  • Liturgia Eucarística
    Ao se aproximar o dia da Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua Morte Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo. Nele participam pelas primeira vez os neófitos.
Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.
O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se os velas para todos os que participem da Vigília.

SEXTA - FEIRA SANTA


A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João comtemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
São João, teólogo e cronista da paixão nos leva a comtemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloqüente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar.
A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.
Maternidade do coração, que infla com a espada de dor que a fecunda.

A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria comtempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João a glorifica com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.

O soldado que traspassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia realizava um últmo, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como em uma nova criação derrama sobre nós.

A Celebração
Hoje não se celebra a missa em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recordamos a morte de Jesus. Os ministros se prostram no chão frente ao altar no começo da cerimônia. São a imagem da humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente que implora perdão por seus pecados.
Vão vestidos de vermelho, a cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testeunho do amor do Pai e de todos aqueles que, como ele, deram e continuam dando sua vida para proclamar a libertação que Deus nos oferece.

MISSA DO CRISMA

O Administrador Apóstolico , Dom Valdemar , presidiu, de  Quinta-feira Santa, 21, a Missa do Crisma, na Catedral da Sé. A celebração tem esse nome porque nela são abençoados os santos óleos usados nos sacramentos da Unção dos Enfermos e do Batismo e é consagrado o óleo do Crisma, usado nos sacramentos da Confirmação, Batismo e na ordenação de presbíteros e bispos. 









 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

QUINTA - FEIRA SANTA



A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no misterio da Paixão de Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo.
E por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que temos todos os fiéis quando decide lavar os pés dos seus discípulos.
Neste sentido, o Evangelho de São João apresenta a Jesus 'sabendo que o Pai pôs tudo em suas mãos, que vinha de Deus e a Deus retornava', mas que, ante cada homem, sente tal amor que, igual como fez com os discípulos, se ajoelha e lava os seus pés, como gesto inquietante de uma acolhida inalcansável.
São Paulo completa a representação lembrando a todas as comunidades cristãs o que ele mesmo recebeu: que aquela memorável noite a entrega de Cristo chegou a fazer-se sacramento permanente em um pão e em um vinho que convertem em alimento seu Corpo e seu Sangue para todos os que queiram recordá-lo e esperar sua vinda no final dos tempos, ficando assim instituída a Eucaristía.
A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da su paixão, "enquanto ceava com seus discípulos tomou pão..." (Mt 26, 26).
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e se recordassem dEle abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).
Antes de ser entregue, Cristo se entrega como alimento. Entretanto, nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte: o que fez, o fez como anúncio profético e oferecimento antecipado e real da sua morte antes da sua Paixão. Por isso "quando comemos deste pão y bebemos deste cálice, proclamamos a morte do Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).
Assim podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial não tanto da Última Ceia, e sim da Morte de Cristo que é Senhor, e "Senhor da Morte", isto é, o Resuscitado cujo regresso esperamos de acordo com a promessa que Ele mesmo fez ao despedir-se: "Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis" (Jo 16, 16).
Como diz o prefácio deste dia: "Cristo verdadeiro e único sacerdote, se ofereceu como vítima de salvação e nos mandou perpetuar esta oferenda em sua comemoração". Porém esta Eucaristia deve ser celebrada com características próprias: como Missa "na Ceia do Senhor".
Nesta Missa, de maneira diferente de todas as demais Eucaristias, não celebramos "diretamente" nem a morte nem a ressurreição de Cristo. Não nos adiantamos à Sexta-feira Santa nem à noite de Páscoa.
Hoje celebramos a alegria de saber que esta morte do Senhor, que não terminou no fracasso mas no êxito, teve um por quê e um para quê: foi uma "entrega", um "dar-se", foi "por algo"ou melhor dizendo, "por alguém" e nada menos que por "nós e por nossa salvação" (Credo). "Ninguém a tira de mim,(Jesus se refere à sua vida) mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la." (Jo 10, 18), e hoje nos diz que foi para "remissão dos pecados" (Mt 26, 28c).
Por isso esta Eucaristia deve ser celebrada o mais solenemente possível, porém, nos cantos, na mensagem, nos símbolos, não deve ser nem tão festiva nem tão jubilosamente explosiva como a Noite de Páscoa, noite em que celebramos o desfecho glorioso desta entrega, sem a qual tivesse sido inútil; tivesse sido apenas a entrega de alguém mais que morre pelos pobres e não os liberta. Porém não está repleta da solene e contrita tristeza da Sexta-feira Santa, porque o que nos interessa "sublinhar" neste momento, é que "o Pai entregou o Seu Filho para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(Jo 3, 16) e que o Filho entregou-se voluntariamente a nós apesar de que fosse através da morte em uma cruz ignominiosa.
Hoje há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o "glória": é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém ao mesmo tempo é sóbria e dolorida, porque conhecemos o preço que Cristo pagou por nós.
Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto predomina o gozo porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega con amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.
Podemos dizer que hoje celebramos com a liturgia (1a. Leitura) a Páscoa. Porém a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5, 10-ss).
Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

DOMINGO DE RAMOS

O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os(discípulos). Entrou na cidade como um Rei, mas sentado num jumentinho - o simbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.

História
A procissão do Domingo de Ramos surgiu depois que um grupo de cristãos da Etéria fez uma peregrinação a Jerusalém e, ao retornar, procedeu na sua região da mesma forma que havia feito nos lugares santos, lembrando os momentos da Semana Santa. O costume passou a ser utilizado gradualmente por outras igrejas e, ao final da Idade Média, foi incorporado aos ritos da Semana Santa....

O Rito
A celebração do Domingo de Ramos começa em uma capela ou igreja afastada de onde será rezada a Missa. Os ramos que os fiéis levam consigo são abençoados pelo sacerdote. Então, este proclama o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, e inicia-se a procissão com algumas orações próprias da festa, rumo à igreja principal ou matriz.

Em algumas cidades históricas como: Ouro Preto, Pirenópolis, Resende Costa e São João Del Rei, esta procissão é acompanhada de Banda de Música.

Durante a procissão, os fiéis entoam a antífona:

"Hosana ao Filho de Davi!
Hosana ao Filho de Davi!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Rei de Israel, Hosana nas alturas!"


Ao chegar onde será celebrada a missa solene, a festa muda de caráter, passando a celebrar a Paixão de Cristo. É narrado o Evangelho da Paixão, e segue a Liturgia Eucarística como de costume.

O sentido da festa do Domingo de Ramos tratar tanto da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, e depois recordar sua Paixão, é que essas duas datas estão intrinsicamente unidas. A Igreja recorda que o mesmo Cristo que foi aclamado como Rei pela multidão no Domingo, é cruficidado sob o pedido da mesma multidão na Sexta. Assim, o Domingo de Ramos é um resumo dos acontecimentos da Semana Santa, e também sua solene abertura.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Restos mortais de JPII serão venerados, mas não haverá exumação

Os restos mortais de João Paulo II (Karol Wojtyla) poderão ser venerados pelos fiéis após a Missa de Beatificação do Papa Polonês. No entanto, o corpo do Pontífice não estará visível aos fiéis.

A Missa de Beatificação será presidida por Bento XVI no Domingo da Oitava da Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 1º de maio, às 10h (horário de Roma), na Praça de São Pedro. Logo após, o Papa e os cardeais concelebrantes da Missa irão em procissão da Praça de São Pedro até o interior da Basílica, onde se ajoelharão diante da urna com os restos mortais de João Paulo II para rezar.

A urna
será colocada sobre um catafalco [suporte usado durante homenagens fúnebres] e coberta com uma tela branca, diante da monumental tumba de São Pedro, nas Grutas Vaticanas, onde permanecerá até a manhã do dia 1º, poucas horas antes de começar a cerimônia de Beatificação. Devido ao translado, as Grutas Vaticanas (cripta) - onde hoje descansam os restos mortais do Pontífice - permanecerão fechadas ao público de 29 de abril a 1º de maio

Depois do Papa e dos cardeais, todos os fiéis que desejarem poderão também rezar diante dos restos mortais de João Paulo II. A Basílica de São Pedro permanecerá aberta enquanto durar o fluxo de fiéis, para permitir que as centenas de milhares de pessoas esperadas para a cerimônia possam rezar diante do primeiro Pontífice polonês da história.

Após isso,
a urna com os restos mortais do Santo Padre não será aberta durante o translado das Grutas Vaticanas para o altar da Capela de São Sebastião, na Basílica de São Pedro, onde será depositada. Logo, não haverá uma exumação. O motivo é o curto espaço de tempo desde o falecimento de João Paulo II, segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

A Capela de São Sebastião foi restaurada, com nova iluminação e som, e guarda atualmente os restos do Papa Inocêncio XI (1611-1689). Na próxima sexta, 29, a urna com os restos de Inocêncio será transladada para o Altar da Transfiguração, em uma cerimônia simples, presidida pelo Cardeal Arcipreste do templo, Angelo Comastri, e o capítulo catedralício


Até agoraDesde 8 de abril de 2005, os restos de João Paulo II repousam nas Grutas Vaticanas, na tumba que foi do Beato João XXIII e a poucos metros da tumba de São Pedro. Ele é o único Papa que repousa entre duas rainhas, Cristina da Suécia e Carlota do Chipre, enterradas nas Grutas Vaticanas a poucos metros de sua sepultura.

Uma simples lápide de mármore branco cobre a tumba, lugar de peregrinação de fiéis de todo o mundo. Segundo dados do Vaticano, uma média de mais de 20 mil pessoas a visitam diariamente. Ioannes Pavlvs PP II. 16.X.1978-2.IV.2005 são as únicas letras e números gravados no mármore, proveniente da famosa montanha de Carrara, no noroeste italiano. A lápide mede 2,20 metros de altura por 1,20 metros de largura.

João Paulo II apreciava muito João XXIII, motivo pelo qual decidiu ser enterrado na tumba que era ocupada por esse, uma vez que o corpo do "Papa Bom" - que convocou o Concílio Vaticano II e efetuou mudanças profundas na Igreja - foi transladado à Basílica Vaticana após sua beatificação, em 3 de setembro de 2000, pelo próprio João Paulo II. Os restos de João XXIII descansam na capela de São Jerônimo, a poucos passos da que abrigará os restos de Wojtyla.


Fonte( Canção nova) ( vaticano.va)

Galinhada 17/4 a partir das 11:45 - Local Salão Paroquial

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que o Pai quer?



Nos tempos em que vivemos, Deus Pai quer três coisas:
– que experimentemos e usemos o poder d'Ele;
– que experimentemos e usemos a sabedoria d'Ele e
– que experimentemos e usemos o amor que vem d'Ele, amor que está em nós, que nos foi dado.

As três coisas em conjunto: o poder, a sabedoria e o amor. A renovação se fará justamente por meios dessas três realidades: o poder , a sabedoria e o amor que vêm de Deus. O Senhor quer, também, que, assim como fazemos a experiência do poder d'Ele, experimentemos, tenhamos e usemos a sabedoria d'Ele em nossa vida.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

XIV Reavivar